24 de out. de 2019

Instituto João XXIII é homenageado na Ales

O Legislativo estadual realizou, na noite de quarta-feira (23), sessão solene em homenagem aos 20 anos do Instituto João XXIII, que funciona em Consolação, em Vitória. A instituição, que não tem fins lucrativos e é de utilidade pública, tem como missão realizar a inclusão social de jovens e menores carentes de Vitória.

A diretora-presidente da entidade, Adriana Bergi, explicou que as ações do instituto, que já beneficiaram mais de três mil crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, objetivam a construção de vínculos afetivos e de interações sociais por meio da música, esportes e outras atividades.

“O foco principal não é torná-los músicos ou esportistas de sucesso, mas, principalmente, transformá-los em seres humanos com valores éticos e humanitários”, pontuou.

Violino

Uma das oficinas do Instituto João XXIII oferece aulas de violino para os bolsistas da instituição. A Orquestra de Violinistas se apresentou logo após a abertura da sessão solene, interpretando canções da MPB e de música erudita, entre eles Luar do Meu Sertão, de Luiz Gonzaga, e o Minueto 2 de Sebastian Bach.

Uma das alunas que faz parte da orquestra é Thaís Barbosa Armindo, de 18 anos, que mora em Santa Martha, comunidade carente de Vitória. “Participo das aulas de violino desde os oito anos de idade; descobri o gosto pela música no Instituto João XXIII e sou muito grata por isso”.

Ela contou que pretende fazer faculdade na área de música e tem o sonho de se tornar uma grande violinista. Thaís afirmou que gostaria que mais crianças e adolescentes pobres do bairro de Santa Martha tivessem a mesma oportunidade que ela teve.

“Infelizmente muitos estão envolvidos com as drogas e a violência e jamais terão a chance de sair dessa vida triste, que leva muitos a morrerem precocemente no mundo do crime”, lamentou.

Judoca

Outro morador de localidade carente de Vitória beneficiado por bolsa do Instituto João XXIII é o judoca Bertilho Vinícius dos Santos Machado, 18 anos. Assim como Thaís, ele também entrou na instituição aos oito anos. “Tentei aprender violino, mas me apaixonei mesmo foi pelas aulas de judô”, afirmou.

Bertilho relatou que já participou de torneios de judô em vários estados graças à ajuda do João XXIII e foi campeão brasileiro infantil em final disputada em Salvador.

“Nunca tinha viajado de avião, e o judô, por meio da bolsa do Instituto, me proporcionou esse luxo; acredito que os meninos pobres do bairro onde moro (Consolação) nunca tiveram essa oportunidade”, comentou.

Homenagens

Durante a sessão solene houve a entrega aos diretores da instituição de placa alusiva aos 20 anos do Instituto João XXIII.

A diretoria recebeu também a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo Mário Gurgel, destinada a pessoas e instituições que apoiam causas em defesa dos menores carentes, dos idosos e dos deficientes físicos. Outras pessoas, incluindo bolsistas e colaboradores da entidade, receberam certificados.

O proponente da sessão solene, deputado Sergio Majeski (PSB), destacou que o Instituto João XXIII tem provado, ao longo de sua história, o compromisso com as causas sociais e a promoção da cidadania nas comunidades carentes de Vitória.

“Nada mais justo do que reconhecermos a relevância desse legado, que tem contribuído para um mundo melhor, transformando vidas e instigando sonhos de pessoas humildes”, frisou.