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Greve em Vitória: Majeski se solidariza com professores e pede diálogo



Durante a sessão desta terça-feira (24), o deputado Sergio Majeski (PSB) declarou que é solidário à greve dos professores municipais de Vitória, apesar de entender que um deputado não deve interferir em assuntos da esfera municipal.

Os professores realizaram uma greve de 30 dias, reivindicando reposição da inflação desde 2014, plano de cargos e salários, além da melhoria da estrutura das escolas.

"Sou contra qualquer tipo de radicalização. Quando você radicaliza qualquer situação, dificulta imensamente que se chegue a uma solução que seja boa para todo mundo. E, nesse caso, todo mundo envolve pais, alunos, professores e a própria Prefeitura. Então, eu sou solidária a minha classe, a de professores, porque eu já estive no lugar deles, eu sei perfeitamente o que é enfrentar uma greve, o que é ameaça de corte de ponto, o que é a ameaça de processo administrativo", afirmou.

Majeski clamou, ainda, que a Prefeitura de Vitória reveja os cortes de ponto, da suspensão de pagamento e as possíveis demissões.

"Eu acho que a radicalização em um momento como esse é ruim para todo mundo. Eu acho que não é de interesse da Prefeitura que os professores retornem magoados e autoestima lá no pé após uma greve longa, estressante, desgastante", disse.

O deputado lembrou que o corte de pontos é prejudicial para o funcionário público ao longo de sua carreira, principalmente no momento da aposentadoria. Ele ainda se propôs a conversar com o prefeito do município, Luciano Rezende, para pedir que revesse essas decisões.

"É um momento para acalmar os ânimos e, sobretudo, como a prefeitura falava que só negociava e conversava depois da volta dos professores, então, que agora, mantenha sua palavra e retomem os diálogos. Entendemos que uma administração pública, às vezes, não tem como ceder e atender a todas as demandas, mas o diálogo é o melhor caminho", afirmou.

Em suas redes sociais, o parlamentar soltou uma nota se posicionando quanto à greve. Confira:

"Reconheço a legitimidade da greve dos professores da rede municipal de ensino e sou contra os cortes de ponto e às demissões. Não costumo me envolver em questões municipais, por acreditar que devemos respeitar as esferas dos entes federados. Mas, sou solidário à minha classe e não posso deixar de me manifestar. Espero que o Poder Público Municipal reveja o corte dos pontos e as demissões, e cumpra sua palavra, mantendo abertas as negociações. A luta é justa e o momento é de dialogar para que seja possível encontrar uma solução satisfatória a todos. O radicalismo não é bom para ninguém. Sou professor e estive em sala de aula por mais de 30 anos, inclusive como professor da rede municipal de Vitória . Conheço de perto as dificuldades enfrentadas pelos educadores da rede pública e o que significa enfrentar uma greve. Entendo que uma administração pública nem sempre pode atender a todos os pedidos, mas o direito ao diálogo deve ser mantido, assim como a possibilidade de revisão das ações, extremamente prejudiciais à vida dos professores e demais profissionais da educação."

Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes

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