Durante a sessão ordinária desta terça-feira (31), o deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) levantou uma reflexão sobre a situação dos jovens no Espírito Santo. Em seu discurso, ele cobrou “a mesma indignação” que alguns padres e pastores manifestaram para condenar exposições artísticas e culturais com nudez para mazelas que afetam crianças e adolescentes.
Mais uma vez, o parlamentar lembrou que o Espírito Santo é o que mais mata jovens de 2 a 19 ano e lamentou as condições das unidades de internação para menores.
“Eu visitei o Iases (Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo) de Cachoeiro de Itapemirim e de Linhares e pretendo visitar outros aqui na Grande Vitória. O de Linhares é um verdadeiro caos, tem vaga para 140 internos e tem 320. Metade não cumpre nenhum tipo de medida socioeducativa porque sequer tem espaço. Sem nenhuma recuperação eles voltarão para os mesmos bairros e serão arrastrado para o crime novamente e ninguém fica indignado com isso”, alertou.
Muitos desses jovens, frisou Majeski, estão longe das escolas e, por isso, acabam se tornando mão de obra para o tráfico de drogas e a criminalidade. No Espírito Santo há 50 mil jovens fora da escola entre 4 e 17 anos e mais de 200 mil de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino básico.
“Isso é motivo mais que suficiente para a gente se indignar de verdade e criar nessa Casa leis e mecanismos para proteger a infância e a juventude”, disse.
Por fim, Majeski pontuou que o Brasil já possui leis para defender crianças e adolescentes, muito bem estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecread).
“Passou da hora de os legisladores pararem de criar e inventar novas leis, que quase sempre não podem ser cumpridas, e criarem mecanismos para que elas sejam cumpridas efetivamente. Chega de desviar o discurso e encontrar problema onde não tem”, concluiu.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes