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"A polícia não consegue solucionar assassinatos porque está sucateada", diz Majeski



Os crimes cometidos contra as mulheres no Espírito Santo foi tema de reflexão do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) durante a sessão ordinária dessa segunda-feira (25). Ele se solidarizou com a família da médica Milena Gottardi, assassinada enquanto saia de seu trabalho no Hucam e propôs um debate mais amplo sobre a violência em terras capixabas.

O parlamentar lembrou que o Estado ocupa o segundo lugar em assassinatos de mulheres e o terceiro de jovens entre 12 a 19 anos. Ele parabenizou a agilidade da polícia no crime contra a médica e pediu o mesmo empenho da autoridades competentes nos demais casos.

“Quando uma pessoa é assassinada e tem certa projeção social há uma mobilização da imprensa, da sociedade, dos movimentos e tende a punição a ocorrer logo, no entanto, é triste que grande parte dos assassinatos de mulheres que são pobres, negras, da periferia logo se transforma em números”, destacou.

Embora tenha cobrado mais empenho da polícia na resolução de crimes, pontuou que a Polícia Civil passa por um processo de sucateamento no Estado. “De 2006 a 2017 o governo reduziu em 40% o efetivo num período que o número de assassinatos só aumentou. O sucateamento vai das delegacias ao DML (Departamento Médico Legal). É gravíssimo, não há mesmo como solucionar”, afirmou.

A Polícia Militar também passa por esse processo, sofrendo ainda com os baixos salários. Para Sergio Majeski, mais investimentos na segurança pública e na educação solucionariam os casos de violência no Estado.

“Foram 50 escolas estaduais fechadas, mais de 600 turmas e mais de 100 turnos. Isso num aumento com 50 mil jovens entre 4 a 17 e mais de 250 mil de 4 a 29 anos que estão fora da sala de aula. É um estímulo a criminalidade, parte da juventude tem se tornado em reserva de mão de obra para o crime”, apontou.

- Confira o discurso de Majeski:


Assessoria de Imprensa

Fiorella Gomes

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