O abono salarial pago aos professores da rede estadual de ensino foi tema de discurso do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), durante a sessão desta segunda-feira (03). Ele alertou que, embora o Governo tenha feito um "grande alarde" acerca do bônus pago aos servidores, nenhum deles recebeu realmente o valor informado pelo Estado, de até R$ 7 mil.
"O Governo criou uma forma de desconto de bônus que, por exemplo, professores que esperavam receber R$ 1.500 ou R$ 1.700, receberam R$ 400, R$ 500, R$ 600, porque o Governo retirou uma infinidade, ou descontou uma infinidade de questões. Por exemplo, pessoas que são convocadas pelo TRE para trabalhar nas eleições, esse dia é um dia de folga garantido por lei. Ele foi abatido por bônus. Qualquer tipo de licença que as pessoas tiraram, médica sobretudo, foi abatido", apontou.
Majeski elencou ainda quais os quesitos os professores deveriam ter atendido para poder receber a quantia. "A pessoa só receberia R$ 7 mil se tivesse doutorado, trabalhasse os três horários, ou não tivesse tido nem uma falta. Por exemplo, o Estado concede até seis dias de abono ao servidor, isso é legal, ela pode tirar, sem nenhum prejuízo. Então, quem tirou um ou dois dias de abono, ou seis que tem direito, tudo foi descontado", disse.
Com isso, frisou o parlamentar, "o Governo mais uma vez faz uma propaganda enganosa, como se tivesse feito um grande benefício".
"E ainda por cima passando uma informação, no mínimo, enviesada, como anunciar que professores iam receber até 7 mil reais. Eu acho que se algum professor chegou a receber 2 ou 3 mil é uma coisa muito raro. A maioria recebeu infinitamente menos. Agora, tem vários professores entrando na justiça, parece que o próprio sindicato irá, em relação a isso", revelou.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes