Os altos valores gastos pelo governo do Estado em propagandas foram contestados pelo deputado Sergio Majeski (PSDB) na sessão ordinária desta segunda-feira (12), na Assembleia Legislativa. O parlamentar apontou que, desde que a atual administração assumiu o comando do Palácio Anchieta, em 2015, já foram gastos R$ 117 milhões em publicidade.
Para ele, as propagandas do Executivo são como a fábula "A roupa nova do rei", do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. “É sobre a vaidade humana. As pessoas lembram muito dela pela frase ‘O rei está nu!’”, ressaltou.
Na última semana, como apontou Majeski, três novas propagandas foram lançadas pelo Governo do Estado: uma com um motorista de caminhão falando sobre o que enxerga no Estado ao andar por ele; uma a respeito dos níveis de transparência e a outra acerca da saúde pública.
“Na do motorista fala sobre árvores do programa Reflorestar, mas aumentou em 330 hectares o desmatamento; e a da transparência é de chorar, vou elencar algumas questões: o governador é réu na questão do posto fantasma em Mimoso do Sul; o presidente do Banestes é investigado pela Polícia Federal; tem secretário condenado em primeira instância; o governador mandou retirar o artigo 145 ,que exigia transparência nos incentivos fiscais; e existem suspeitas na Cesan, Sesa (Secretaria de Saúde) e Seag (Secretaria de Agricultura)”, enumerou.
Majeski ressalta que a população não mora nas propagandas do governo. “O rei aqui está vestindo um tecido fantasioso, que só ele enxerga. O governo está nu, mas os asseclas do governo fazem ouvido de mercador e fingem que estamos em um Estado perfeito. (...) O povo não mora na propaganda, mora em um estado real, com escolas precárias; onde falta UTI, com centenas de pessoas espalhadas pelos corredores do hospital e com segurança decadente”, disparou.
- Confira o discurso do deputado Sergio Majeski sobre o assunto:
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes