O deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) lamentou, nessa quarta-feira (19), o indeferimento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa quanto ao pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cesan. O fato se deu após três parlamentares retirarem seus nomes do documento. Para ser criada, a CPI precisa de 10 deputados assinantes, ou seja, um terço do Plenário.
"Se não há nada de errado acontecendo, não há o que se temer. Se foi tudo feito dentro dos preceitos legais e éticos, não há o que se temer. Essa CPI se faria necessária, sim. Os contratos da Cesan com a Odebrecht giram em torno de R$ 210 milhões. Diretores da Cesan se tornaram diretores da Odebretch e vice-versa. Há muita coisa nebulosa. Essas coisas precisam vir à tona", afirmou Majeski.
De iniciativa de Euclério Sampaio e Da Vitória, ambos do PDT, e com a assinatura de Majeski, a proposta de instituir a comissão de inquérito foi protocolada no início de abril. O objetivo é investigar denúncias contra a Companhia Espírito Santense de Saneamento, como a prática de “taxas abusivas”.
Retirada de nomes
Até então, a retirada de assinaturas só era permitida até o protocolo do pedido. Mas, na terça-feira (18), foi publicada a Resolução 4.649/2017, alterando o Regimento Interno e permitindo que a desistência dos deputados possa ocorrer até o deferimento do pedido. A resolução faz parte de uma manobra do Líder do Governo, Gildevan Fernandes (PMDB), que adicionou a emenda à projeto de resolução de Sergio Majeski, que já entrou na justiça para reverter a situação.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes