O deputado Sergio Majeski (PSDB) protocolou um Requerimento de Informação, pedindo explicações ao Governo do Estado sobre a compra de repelentes pela Secretaria da Saúde (Seda). O Governo, em épocas de declaradas vacas magras, pagou R$ 23,50 em cada um dos 75 mil frascos do produto solicitados. Ao passo que a Prefeitura da Serra pagou R$ 8,80 por frasco do produto similar, com o mesmo princípio ativo, adquirindo uma quantidade de unidades 18 vezes menor. Ou seja, o preço de aquisição do Governo do Estado é 3 vezes maior do que o pago pela administração da Serra.
Da Tribuna da Assembleia, Majeski revelou que fez uma pesquisa do produto em farmácias da Grande Vitória e constatou que o repelente é vendido entre R$ 15 e R$ 17. "Isso uma unidade em uma farmácia, que já vende muito caro. Pensando em todos os aspectos, não há como entender que o Estado tenha pagado R$ 23,50 para comprar 75 mil unidades. Isso não se justifica. Nós temos uma Secretaria de Transparência, uma Corregedoria com um novo corregedor-geral, nós precisamos saber o que aconteceu. Considerando só o preço pago pela Prefeitura da Serra, o Governo desembolsou R$ 1 milhão a mais, aproximadamente, sem nenhuma justifica aparente", ponderou.
Em sua pesquisa o deputado também observou outras questões curiosas. "Essa marca comprada pela Sesa, em grande parte, não é distribuída nas farmácias. Aliás, essa é até desconhecida aqui do Espírito Santo. Ela é carioca. Nós queremos saber exatamente o que aconteceu", disse.
Os seguintes documentos foram solicitados: cópia na íntegra do processo da Sesa; cópia da publicação do Dio, do aviso de dispensa de licitação referente à compra dos repelentes; cópia da publicação do Dio, da ratificação da aquisição por dispensa de licitação; cópia das ofertas das empresas que demonstraram interesse na venda do produto ao governo, especificando seus nomes, os valores e as características do produto ofertado; explicações quanto ao valor pago, tendo em vista que produtos com a mesma destinação - com certificado da Anvisa -podem ser comprado no varejo com valor inferior.
Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes