Sempre atento aos temas inerentes à sociedade, o deputado Sergio Majeski (PSDB) voltou a se manifestar sobre a crise econômica e política pela qual passa o Brasil, da tribuna do plenário da Assembleia Legislativa. O tucano destacou a aprovação na Comissão Especial da Câmara Federal do relatório que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff e cobrou cautela das pessoas ao discutir o tema em um momento tão delicada para a jovem democracia brasileira.
Durante o Grande Expediente, Majeski ressaltou que a modernidade prometeu muitas benesses à humanidade. Entretanto, tais certezas estavam sendo desfeitas. Citando pensadores como o polonês Zygmunt Bauman e o francês Edgar Morin, ele conclamou as pessoas e os políticos a pensarem de modo mais complexo.
“Morin diz que não existe um problema isolado um do outro. Nós vivemos uma época de insegurança e medo. As pessoas têm medo de perder o desemprego, de morrer na rua, de ser sequestrado, do que vai acontecer com seus filhos. Vivemos em uma situação de sobressalto o tempo inteiro. Quem tem menos de 30 anos não viveu a época da inflação galopante, da década de perdida, a década de 80. Sem pensar muito e sem refletir porque tudo isso está acontecendo e sem capacidade de fazer a interligação entre fatos políticos, econômicos e culturais, as pessoas têm uma pressa imediata de dar sua opinião, elas não são reflexivas, são reativas. Reagem o tempo inteiro. E nós estamos criando um panorama de debates superficiais, com muito ódio e muito rancor. E isso nos cega e nos impede de fazer as reflexões necessárias”, apontou.
Ele mostrou preocupação com o descrédito das novas gerações com as instituições e com a democracia. “O ser humano aprende muito mais por exemplos do que por discursos. E estamos sem exemplos. Tenho medo da perda da credibilidade na democracia. Não existe uma perfeita, ela tem falhas, nem na da Dinamarca, Suécia e Noruega são perfeitas. Como os mais jovens vão acreditar na democracia e nas instituições com tudo isso acontecendo?”, indagou o tucano.
O processo de impeachment em tramitação no Congresso Nacional foi outro ponto abordado por ele. Para Majeski até existem indícios para o afastamento da presidente Dilma, mas lembrou que grande parte dos parlamentares que vão participar da votação possuem problemas com a justiça. Por fim, pediu que as pessoas colocassem o país em primeiro lugar, não suas ideologias.
“Talvez seja utópico o que estou dizendo, mas seria esse momento da parte boa que existe em tudo quanto é partido de se unir. Quem está colocando o País em primeiro lugar? Precisamos mostrar para as novas gerações que na democracia não vence a minha ou a sua verdade, e que colocando em debate pode nascer uma terceira coisa que vai beneficiar a todos e a nação. É dessa forma que a democracia deveria funcionar. Deveríamos pensar de forma pragmática o futuro da nação”, concluiu.
Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes