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Rio Doce: cinco meses após o desastre, Majeski volta a cobrar ações da Samarco



Cinco meses se passaram desde que a barragem de Fundão, se rompeu em Minas Gerais e devastou o distrito mineiro de Bento Rodrigues, em Mariana, com sua lama de rejeitos de minério. Além de mortos e feriados na cidadela, o desastre atingiu proporções ainda maiores, com os rejeitos contaminando toda a Bacia do Rio Doce atingindo também os municípios capixabas de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

Nesse período, muito pouco foi feito pela dona da barragem: a mineradora Samarco, controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton. Ações mais contundentes para reverter os danos ambientais e amparar a população atendida foram cobradas pelo deputado Sergio Majeski (PSDB) nesta quarta-feira (6).

“Completamos cinco meses da tragédia provocada pela Samarco, que devastou toda a região da Bacia do Rio Doce e a lama continua chegando. Segundo especialistas, só em 2015, cinco milhões de metros cúbicos de lama desceram da região da barragem para o Rio Doce, porque os diques foram ineficientes para barrar esse vazamento. Continua escancarado o descaso e o desprezo da empresa e também das autoridades pelo sofrimento da sociedade. Então, aqui fica registrado que nada esta resolvido nesse caso”, afirmou,.

Majeski lembrou que na semana passada as cerca de 80 entidades civis que formam o Fórum de Entidades em Defesa do Rio Doce fez uma manifestação em frente ao Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. Entre as reivindicações, elas buscavam mais informações sobre o acordo firmado em março deste ano, entre os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, União e Samarco para a “recuperação do Rio Doce”.

“O Governo do Estado se quer tem uma cópia do acordo feito entre governos e Samarco. Como firmou um acordo e diz que não tem uma cópia? O Governo de Minas divulgou isso, inclusive, no site da transparência. E aqui o governo do Estado diz que apenas a AGU tem essa cópia. Isso é incompreensível. As entidades reclamam que esses acordos têm muitos pontos obscuros e muitos especialistas começam a achar que nada disso será cumprido e essa história caíra no esquecimento”, disse.

O deputado estadual destacou ainda que o desastre se deu pois a mineradora agiu com “irresponsabilidade, inconsequência, descumprindo normas de segurança e desprezando a sociedade”. “Nós precisamos estar de olho nesse acordo o tempo inteiro, porque há uma grande possibilidade desse acordo ser cumprido”, concluiu.

Assessoria de Imprensa

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