O deputado Sergio Majeski (PSDB) voltou a cobrar, na sessão desta terça-feira (01), um posicionamento do governo do Estado sobre o fechamento de turmas nas escolas estaduais. Ele ocupou a tribuna para destacar a situação de algumas escolas do Estado, tais como: Instituto de Educação Professor Fernando Duarte Rabelo, em Vitória; a EEEEM Dr Silva Mello, em Guarapari; EEEM Wallace Castelo Dutra, em São Mateus; a EEFM Silvio Rocio; a EEEFM José Pinto Coelho, em Santa Teresa; a EEEM Arnulpho Mattos, em Vitória; entre outras unidades de ensino.
A discussão sobre o tema aconteceu após a votação em plenário do Projeto de Lei 358/2015, que trata do acordo do governo do Estado com empresas que exploram petróleo e gás natural, com o objetivo de perdoar dívidas tributárias destas companhias. Majeski foi o único parlamentar a votar contra este Projeto, alegando que os deputados não tinham total ciência e informações sobre a matéria. Sergio Majeski ainda questionou o regime de urgência do Projeto, mas, não teve jeito, os deputados votaram todos a favor do governo. Após a votação, o deputado Sergio Majeski se voltou para o líder do governo, o deputado Gildevan Fernandes (PV), e argumentou: “uma vez este projeto foi aprovado, e já que o líder do governo disse antes que seria mais dinheiro em caixa, teremos então mais dinheiro para a Educação, para a Saúde. Isto é bom. Eu espero que seja bom principalmente para a Educação. Parece-me que o dinheiro entra de imediato no caixa do Governo, então, eu aproveito e faço um pedido ao Secretário de Estado de Educação Haroldo Rocha, que volte atrás imediatamente da decisão de fechar dezenas de turmas no Estado inteiro”, declarou Majeski.
Fechamento de Salas O fechamento de salas tem sido um dos problemas que mais têm incomodado pais, alunos e professores. Embora haja uma determinação do Ministério da Educação para o respeito de 1,2 metro entre as carteiras dos alunos, e de dois metros das carteiras frontais até o professor, muitas turmas estão sendo "amontoadas" para cumprir a determinação do governo de juntar turmas. Isso porque, turmas menores estão sendo fechadas em nome de uma diminuição de gastos, o que tem levado à demissão de professores em Designação Temporária (DTs). O deputado denunciou que só nesta semana, ele obteve conhecimento de que cerca de 60 turmas serão fechadas em vários municípios do Estado, deixando professores desempregados e causando um transtorno enorme aos alunos. Majeski desabafou: “Parece que tudo aquilo que é imediato, a população tem mais força. E quando o prejuízo vem a médio ou em longo prazo, parece que não há um problema. No entanto, é preciso dizer que qualquer coisa que afete a Educação mais negativamente do que já está acontecendo, é um prejuízo imenso para o país e para o Estado”, concluiu o deputado. O fechamento destas turmas representa um desastre na formação dos alunos, e um grande prejuízo para no mínimo 50 professores que deveram ser dispensados.
Apelo
O deputado Sergio Majeski, também apelou para a deputada Luzia Toledo (PMDB) que é presidente da Comissão de Educação: “deputada, a senhora que já foi professora sabe que são pais de famílias, são mães de família, a senhora deputada Luzia que é presidente da comissão de Educação, sabe bem que ninguém consegue um contrato a esta altura do campeonato, é muito raro um professor conseguir um contrato de trabalho no meio do ano, porque isso se dá no início do ano letivo. Então faço um apelo já que esse dinheiro vai entrar no caixa do governo, que a Secretaria de Estado de Educação (Sedu) e o governo volte atrás na questão dos fechamentos de turmas nas escolas. E quanto ao secretário da Educação, que já sabemos que o olhar dele é um olhar de gestor, é mais economicista, que ele tenha um olhar mais didático, mais humano, mais pedagógico sobre a Educação e que pare de fechar turmas. Estamos no terceiro trimestre do ano, e nada justifica esta atitude”, concluiu o deputado Sergio Majeski. Assessoria de Comunicação Flavio Santos Izabel Mendonça
Fotografia Léo Júnior